Uma das maiores mortandades que o estado do Rio Grande
do Norte já viu, completou 7 anos no mês de julho. Ambientalistas e ribeirinhos
foram testemunhas oculares do acontecido.
Por Augusto
César Wanderley
No ano de 2007,
cerca de 40 toneladas de peixes, crustáceos e moluscos morreram devido à
poluição nos rios Potengi e Jundiaí, os animais mortos cobriam o solo e na maré
baixa se via os espécimes pendurados na vegetação. O Idema (Instituto de
Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte) apontou
como culpado a empresa de carcinicultura Veríssimo e Filhos Ltda. Em um mês a
Labomar (Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará) e a
comissão de especialistas da UFRN apresentaram documentos confirmando que a
empresa despejou efluentes durante uma despesca de um viveiro de 28 hectares no
rio Jundiaí. A concentração de amônia e outros materiais orgânicos despejados
durante esta despesca foram fatais para os seres que ali viviam. O que tornou
mais fácil a matança foi o baixo nível da maré e a poluição que já assolava o
rio, asfixiando os seres vivos.
Os animais
terrestres também foram vitimas desta poluição, cachorros, garças, galinhas e
outros animais que se alimentavam dos peixes e dos crustáceos também foram a óbito.
Alguns ribeirinhos chegaram a adoecer neste período. Por falta de analises no
dia da mortandade o processo não foi adiante, sendo assim ninguém foi
responsabilizado pelos danos, não havendo multa ou reparação dos danos.
Este episódio
causou muitas brigas judiciais do governo com a principal empresa acusada, após
um conjunto de erros, descasos e fraudes, não houve um desfecho para o caso.
Mesmo depois desta mortandade, a ZPA 8 não foi regulamentada. Quanto o ambiente
ainda terá que sofrer para realmente receber o cuidado que merece?!