Nova Ponte sobre o Potengi no futuro

Postado por Estuário do Potengi em

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, confirmou durante uma entrevista à Rádio, que irá construir uma terceira ponte sobre o Rio Potengi. Na entrevista, ele justificou que a construção da terceira ponte vai ser uma alternativa para os trabalhadores e moradores da Zona Norte que atravessam diariamente o Rio Potengi, o que economizaria tempo e levaria uma melhor qualidade de vida para a população.

A proposta de uma nova ponte sobre o Rio potengi já foi apresentado à Câmara municipal há alguns anos, mas somente em 2014 a STTU confirmou um estudo para possibilidade da obra. A Prefeitura do Natal e o Governo do Estado já conversam sobre a possibilidade da construção da ponte para 2015.  Em janeiro, o assunto será discutido com maior profundidade.

Um novo acesso para a Zona Norte de Natal tem sido uma prioridade para 2015 e já repercute positivamente para quem utiliza as duas pontes, isso levará a um melhor desafogamento do transito, principalmente em horários de pico daquela região.
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O Drama do Mangue dos rios Potengi e Jundiaí

Postado por Estuário do Potengi em

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

por Pedro Neto
A ZPA-8, também conhecida como Mangue, abrange os manguezais que estão localizados no estuário dos rios Potengi e Jundiaí em ambas as margens.
O município apresentou recentemente proposta a Câmara de Vereadores propondo zoneamento ambiental em três subzonas: Subzona de Preservação (SP), de Conservação (SC) e de Uso Restrito (SUR).
Ocorre que até a presente data nada foi definido, pois ainda não houve acordo quanto ao projeto apresentado.
Na SP, que contempla o manguezal, está proibido qualquer tipo de parcelamento do solo, movimentação de terra e construções, salvo os casos que se destinem a obras de interesse público ou para implantação de equipamentos.
Já a Subzona de Conservação (SC) objetiva proteger as encostas que apresentam áreas de vegetação. Nelas, estão permitidas atividades como turismo sustentável, valorização cultural e educação ambiental.

No tocante a SUR surge ai o ponto mais delicado já que compreende a área em torno das avenidas João Medeiros Filho, João Francisco da Motta e Presidente Raniere Mazilli.
O órgão responsável que é a Semurb entende que existe a possibilidade de ocupação respeitando alguns limites de gabarito e ocupação territorial.

Para os que não sabem a ZPA-8 ocupa uma área de 2.200 hectares.
Acontece que de acordo com a Semurb, 82% desse total é formado por mangue e 16% já foi ocupado.
Já os 2% restante – cerca de 40 hectares – são disputados pela Semurb e o Sinduscon-RN.
Para o sindicato é possível ocupar essa área de forma mais contundente, pois eles entendem que isso não é área de mangue.
Já o MP alega que 96,5% da ZPA-8  encontra-se em Área de Preservação Permanente (APPs).
Por isso, a promotora Gilka da Mata entende que a ZPA-8 precisa ter uma natureza diversa, focada na recuperação das áreas degradadas e para minimizar os impactos negativos da ZPA.
Para resumir o que podemos observar em tudo isso é que a ZPA-8 continua sendo um grande tabuleiro, onde poder público, ambientalistas, empresários e população como num todo, não conseguem se entender.
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A Cultura de Massa e Produção de Sentido

Por Boni Neto

O grande filósofo grego Aristóteles (384 a.C.–322 a.C.) foi um grande estudioso da estética e da arte, além de se interessar em áreas como teatro, música e ética, âmbitos que inspiravam os mais diversos artistas talentosos, que produziam ora obras que podiam ser caracterizadas como belas, ora como feias. Diferentemente de seu tutor, Platão (428/427 a.C.–348/347 a.C.), Aristóteles acreditava que a arte era a representação do mundo e a beleza pertencente ao concreto e mundano, algo inerente à natureza do homem, ou seja, que estava ao seu redor; assim sendo, o belo aristotélico prezava por elementos como simetria, equilíbrio e ordenação, repudiando caos e desordem. Em seu conceito, a beleza seria dividida em duas categorias: o harmonioso e o desarmonioso. Cada uma destas, subdividas em quatro subcategorias: risível, cômico, feio e horrível para o desarmonioso; belo, gracioso, sublime e trágico para o harmonioso. Para os seguidores dos ideais de Aristóteles, "caçar" na natureza tais características estéticas, é algo que pode ser feito nos mais diversos elementos encontrados no cotidiano.

Em visita à área conhecida como “Estuário do Rio Potengi”, também conhecida como Zona de Proteção Ambiental 8, descobrimos que alguns destes conceitos da beleza aristotélica podem ser facilmente identificados no ambiente se pararmos para tentar encontrá-los. Ao chegarmos, deparamo-nos rapidamente com um retrato da pobreza dos ribeirinhos: casinhas humildes e mal-feitas, odor putrefato de esgoto, animais de estimação acometidos de horríveis doenças... Não demorou muito para acharmos focos de poluição, que evidenciavam um ambiente feio e largado ao acaso, castigado, também, pela ação dos próprios moradores. Algo que costumava ser belo, agora é maltratado com a desova de lixo e despejo de efluentes de grandes empresas, sem quase nenhuma ação incisiva, por parte de habitantes, voluntários ou políticos, que possa impedir que isto continue a acontecer.

Enquanto avançávamos na jornada pelos arredores do Potengi, visando registrar o máximo possível, conhecemos os ribeirinhos, que moravam praticamente debaixo de uma ponte. Lá, os moradores nos receberam com inesperada e um tanto cômica hospitalidade; entrevistamos uma senhora, viúva e mãe de filhos de variadas idades, que relatou-nos sua triste história de vida, mas de uma maneira bem-humorada, para nossa surpresa. Ao mesmo tempo em que ouvíamos atentamente a narração da senhora, que também criticava com ironias os risíveis esforços dos políticos para salvar aquela região, os outros moradores dançavam e festejavam, enquanto esperavam a churrasqueira aquecer a carne que estavam preparando para um grande banquete de vizinhos.

Com o avanço da exploração, pudemos ver, com certo alívio, que nem só de miséria vive as bandas do Rio Potengi atualmente. Há vida saudável, representada pelos pequenos e graciosos caranguejos que povoam os mangues; as vistas dos mais variados ângulos da região do estuário do Rio Potengi são impecavelmente belas; e o por do sol, especificamente naquela região, é algo sublime, que com certeza contribui para que o Rio Potengi continue a ser visto como um dos principais cartões postais não só de Natal, mas também de todo o Rio Grande do Norte, a despeito da forte e diversificada poluição que estraga o lugar.

É uma pena, portanto, o trágico e sombrio destino que aguarda o Rio. Todo dia entulhos, detritos e os mais nocivos tipos de lixo são jogados em todos os cantos daquele lugar. Pouco é feito para tentar reverter a situação. Muito em breve, o pouco ecossistema saudável que ainda sobrevive ali, deve desaparecer. Talvez os moradores do local ainda não percebam a gravidade da situação, mas todo esse injusto castigo aplicado no Potengi não passará impune. No futuro, certamente, a natureza cobrará seu preço por tanto descaso e irresponsabilidade com um dos pontos de referência mais lindos que Natal tem.

Como bônus, acabamos descobrindo, também, que a Ponte Newton Navarro, que liga a Zona Norte à Zona Oeste de Natal, e passa por cima do Rio, foi assim batizada por uma razão especial. O verdadeiro Newton Navarro (1928-1992) foi um dramaturgo, poeta, desenhista e pintor. Dentre as inspirações que povoavam suas obras, estava o Potengi. Confira abaixo alguns desenhos do artista, devidamente homenageado, que era apaixonado pelo Rio Potengi e por sua cultura.


Créditos das obras de Newton Navarro: overmundo.com.br
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Biblioteca Central da UFRN sedia exposição fotográfica sobre o Rio Potengi

Postado por Estuário do Potengi em

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Por Augusto César Wanderley



No dia 13 de Novembro, às 19h, acontecerá uma exposição fotográfica na Biblioteca Central da UFRN (Zila Mamede) intitulada "Tributo ao Rio Potengi", com fotos de toda a área que cerca a ZPA 8. Os responsáveis por este tributo são os fotógrafos Alexandre Carvalho, Carla Belke e Leila Florêncio. A exposição ficará até o dia 13 de dezembro.
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